28/06/2008

O dia começa às seis. Às seis, dizia Júlio Carlos, fartam as belas. A boutade me disse no Leme. Hoje longe como tudo. Na saída da Alliance: às seis fartam as belas. O Professor Durval nunca entendeu Duvivier afora o blablablá em que o envolvíamos. Sartre ao escrever, escrever, escrever sobre Flaubert queria matar a palavra. Júlio Carlos queria matar o Professor Durval. No início da Gustavo Sampaio deixei um entregue ao outro. Cláudia, minutos depois, perguntava se eu tinha ouvido os tiros. O verde dos olhos de Cláudia nunca me permitiram ouvir nada. Um verde definitivamente contrário a sinestesias. Soube mais tarde pelos jornais. Agora são seis no Leme. Vejo as horas como quem lembra. E, de um jeito que não ouso entender, ouço os tiros. Seis.

7 comentários:

Anônimo disse...

Meus olhos nem são verdes, daltonico, são cor de mel...rsrsrsrs... agora pode vir aqui e apertar a tecla SAP, please???

Anônimo disse...

... o último... para completar o delírio dos seis.

Beijos, carinho,
AdéliaTheresaCampos

Anônimo disse...

E no fim, quem matou quem?
Nem sempre o óbvio corresponde a verdade, né?
Beijos, querido

Anônimo disse...

...ou seja cores, cheiros e sons, estão misteriosamente relacionados.E tão necessariamente ligado a sensibilidade de todos.

Ahh, eu falei que vc não é Deus! mas vc teima sempre comigo. Beijos

Tânia disse...

A banalização beira a crueldade...
beijo querido...

Loba disse...

e de seis em seis vai sendo tecida a história. matar ou morrer é só uma questão de limite - entre o leme e copacabana.
beijo

Jacinta Dantas disse...

E, por tudo e com tudo, a vida segue, segue, segue. O círculo não pára e as pessoas escrevem, escevem, escrevem para dar voz aos seus diversos personagens.
Beijos