DARWINISMO À LUZ DO PT

No Pará, o PT só estupra. Na Bahia, mata.

(QuincasB)

Tijuca Santaclara Estácio

Tempo é questão de talento. Às vezes, basta método. Ou ida até a primeira das quatro estações do metrô. O trem cheio de vagões, ontem, hoje e amanhã, antes e depois, sempre e nunca, mas tudo um ruído só. E passa. Talvez. Questão de método, ou talento.

RAÇA AMOR & PAIXÃO‏

Entre bocejos o campeonato se arrastava como um filme de Abbas Kiarostami. O Sampaulo punha em evidência uma tediosa proposta búlgara; os demais nem proposta tinham, ou por outra: houvesse alguma era igualar o futebol à atual literatura brasileira. E eis que surgem os rubronegros feito cristãos primevos de imemoriais cavernas da paixão a repetir com o corisco de um dos melhores filmes já realizados, "mais fortes são os poderes do povo". Erguem-se e o time frágil erguem-no, conferindo-lhe força, fúria e ao campeonato o adequado tom épico. O Maracanã foi tingido de vermelho-e-preto e o time coberto com o inexpugnável manto. Sob a égide da torcida o time desaprendeu de perder - jogo após jogo a empurrar o time pra frente, fazendo-o levitar em ondas sonoras, canções baratas, rimas paupérrimas, emoção sem paralelo, paixão sem medida; jogo após jogo, recorde de público um após o outro, o time a avançar no campo e na tabela: furou a retranca búlgaro-sampaulina e deu lesa no tricolor gaúcho, passou com 9 jogadores por cima do tricolor vizinho e com 10 virou em cima do vizinho suburbano, fez dobradinha com os 2 de Minas e picadinho de outros. No domingo passado o Ibson insistia em passar a bola pro Juan e o Juan insistia em jogar a bola na área - o que justificava a italiana do meu lado dar as costas pro jogo e acompanhar (olhão e riso arregalados) a festa que a envolvia. Quando completou a lúdica linha de passe a cabeçada do Souza jogou nos meus braços a italiana (pele com gosto de queijo de Parma) e o negão ali do lado resolveu erguer todo mundo ao seu redor num raio de 4 metros. A italiana, ainda nos meus braços, deliciosa feito um molho da Bologna, repetia Gonçalves Dias. Lambi outra vez a italiana e tentando aterrizar dei cotovelada no fígado do negão. A essa altura tanto a italiana ("ho visto! ho visto!") qto o negão (o "tu és" talvez lhe tenha deslocado de forma irremiediável o maxilar) já eram parte do coro magnífico de 90 mil vozes. O que houve depois é matéria da qual são feitos os sonhos e toda palavra, adorno desnecessário.

clique no vídeo abaixo e assista:

O Amor em Versões

Versão Poética - João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história...

Versão Romance Platônico - João amava Teresa que também o amava. Raimundo amava Maria que também o amava. Joaquim amava Lili que também o amava. J. Pinto Fernandes jamais entrou na história e certamente encontrou alguém que o fez feliz para sempre...

Versão Suruba ou Canalha - João amava Teresa e ela amava Raimundo. Enquanto as coisas não davam certo com ele, resolveu tirar umas casquinhas com João. Raimundo amava Maria, que era afinzona do Joaquim. Por amor ao amor livre, ela ficava com os dois. Joaquim amava Lili. E Lili amava todos. Ficou com João, Raimundo, namorou sério com Joaquim e acabou casando com J. Fernandes, que tinha um apelido para lá de sugestivo...

Versão Fashion ou a la Sex And The City - João amava Teresa. Raimundo amava Maria. Joaquim amava Lili. Elas somente amavam sapatos e outras coisinhas glamourosas. Tiveram os encontros mais divertidos e inusitados com outros caras maravilhosos, enquanto aqueles manés sofriam pensando em como conquistá-las. E riam muito de tudo isso junto com J. Pinto Fernandes, seu mais querido amigo gay.

Versão geração "papo-cabeça" - João, Teresa, Raimundo, Maria, Joaquim e Lili resolveram que era hora de fazer terapia em grupo. Hoje são solteirões convictos, que se freqüentam sexualmente de vez em quando. J. Pinto Fernandes, frustrado por não ter entrado na história, casou com uma loira burra há 20 anos...

Tânia Aranha

Ok, quando se fala em jazz, ainda que entre tapas e beijos ao teu redor o pessoal comece a batucar um pagodinho, o primeiro nome que surge é o de Louis Armstrong - embora não tenha havido temperamento mais criativo que o de Charlie Parker.

Sua música durou, se tanto, uma década. Sobreviveu aqui em casa, onde reina absoluta.
Se falo em jazz, bum-bum-baticumbum-ziriguidum, fala-se logo em Louis Armstrong - e Dizzy Gillespie foi seu óbvio herdeiro, tanto em destreza instrumental quanto em espírito de animador. Charlie Parker e Dizzy Gillespie formaram a dupla ideal, os Leandro e Leonardo do Olimpo musical. Aqui ambos eternizam Hot House, a paráfrase que o pianista Tadd Dameron fez de What Is This Thing Called Love?, de Cole Porter.

Sejam benvindos, febrilmente, a casa.

clique no link abaixo e assista:

Charlie Parker e Dizzy Gillespie - Hot House

Amor, baiano amor

Depois de ter a intimidade da minha enxaqueca exposta à blogosfera, o que me resta senão declarar meu carinho baianamente desmedido a estas duas criaturas que desde muito iluminam os meus dias com o olhar ímpar que lhes é peculiar? Lê e Crys, ailov vocês!

créditos da imagem:

Fotografia: Lela Vasconcellos

Poesia: Lilia Diniz

Arte: Valéria C.

Um blogue em 12 atos

Crys - Oi Lê

Lê - beijo, querida!

Crys - vai um blog aí?

Lê - só se for agora

Crys - e o que falta?

Lê - midi, imagem, texto, senha, login

Crys - ahh, isso é fácil... num piscar de olho a gente arruma tudo e faz uma big festa

Lê - então começa piscar daí que eu pisco daqui

Crys - Ok, pisc pisc

(...)
Crys - Lê, fala sério, quer mesmo um blog?

Lê - ainda não tá pronto?

Crys - mas tu é abusado heim?

Lê - já tenho até o nome do blog, "Só entra de pijama"

Crys - tá vendo, tu não me leva a sério...

Lê - já sei não gostou, vou tirar o pijama

Crys - fique a vontade, nao tem nada mesmo pra olhar...

Lê - que tal "tem tucupi no tacacá"?

Crys - não existe isso, existe "tacacá com tucupi"

(...)
Lê - Quantos posters já tem no TEU blog?

Crys - que blog Leandro lula da silva?

Lê - tu tá muito preguiçosa

Crys - Tá, eu que sou preguiçosa...

(...)
Crys - Lêêêêêêêêêêêê

Lê - diga querida,

Crys - criei o blog, falta o nome, template, poster, midi, enfim, por enquanto o título é: " enquanto isso..."

Lê - Falta tudo isso e ainda diz que criou o blog

Crys - não sei colocar template, podemos falar com Lela

Lê - Boa idéia, Lela não faz nada merrrrmo, e o nome vou pedir a Cau pra batizar

(...)
Crys - Lela querida, tens uma missão, mão não é impossível

Lela - Deus é mais...

Crys - topas fazer o template do blog do Lê?

Lela - como, ele tem blog novo?

Crys - só diz que sim e pronto...

Lela - afe, como vc é abusada...

(...)
Crys - Lela, achei uma imagem boa, "parada pra um cafezinho!"

Lela - Gostei mais dessa da "pegadas na areia" ou dessa do "rabiscando papel"

Lê - meninas de meu coração: nada de cafezinho, praia, caneta, papel... o negócio é algo que me surpreenda

Crys - tá vendo Lela, ainda é exigente, além de abusado

Lela - viu

(...)
Lela - amiga, que tal essa aí? Acho o tempo a cara de D. Lê... inescrutável... Afe!

Crys - perfeito!

Lê - a imagem do relojão? ok

Crys - Pronto, por mim já tá decidido, fica esse do relógio (sou bem democratica, vcs já perceberam, né?).

(...)
Crys - Agora só falta o título do blog, né dr. Leandro? Fica esse mesmo, ou vai esperar a Cau ressuscitar???

Lê - Cau só ressuscita de 3 em 3 anos

Crys - ah tá , eu espero...

(...)
Cau - Pronto... euzinha a cá....rsrsrs... pensei num nome... mas acho que seria mais democrático coloca-lo em votação...

Crys - nada disso, essa missão é sua... o que vc colocar tá aceito!

Lê - a razão tá sempre com a Crys

Cau - eu gostei do "enquanto isso"... mas... como D.Lê manda em tudo, ui... a minha sugestão é: "Entre uns e outros" ...

Lê - ok, fechado, 8 votos contra 2, fica o "Enquanto isso"

(...)
Crys - Ufa! 'tequefim'! Pode começar a postar leandro lula da silva...

Lê - só depois que a Lela tirar os três pontinhos do 'enquanto isso...'

(...)
Crys - Lelaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Lela - oi amiga, não grita... to com enxaqueca,...

Crys - tira os pontinhos do título do blog, pq o sr. leandro tem 3544 posters pra começar a postar e só depende desses tres pontinhos fora do título...

Lela - é pra já, vou primeiro acabar de estudar, tomar banho, comer, dormir... e depois eu faço isso.

Crys - ah bahiana, só te dando muito açaí, pra ficar mais esperta...

(...)
Lela - Pronto, se o problema era os pontinhos, pode começar a postar!

Crys - Lê, tá tudo pronto, e agora, o que falta????

Lê - apesar da doce ironia da crys, ficou ótimo - craques na sinuca, heim?

Crys - Égua, até que enfim...

Lela - queridos podemos começar...

Lê - já comecei a tirar a roupa, é só a Cau chegar e começamos

Cau - Pronto... Chegueii!!!!

Lê - Ueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa